Uma conhecida frase eternizada por Chacrinha reflete um pouco do contexto em que vivemos. Hoje em dia quem não se comunica se trumbica. Temos diversas novas formas de comunicação e transmissão de informação cada vez mais rápidas e eficientes. Hoje sabemos dos acontecimentos políticos de todo o planeta praticamente em tempo real. A Internet revolucionou o nosso conceito de comunicação. As mudanças são rápidas nesse complexo mundo virtual. Existe um verdadeiro universo de informações sendo despejadas sobre nós todo o tempo. Entretanto, esse novo mundo dinâmico das informações tem deixado pouco espaço para as reflexões. As manchetes de jornais, por exemplo, acabam de ser publicadas e já se tornam obsoletas. Nada mais se fala ou se questiona sobre elas. Vive-se o presente e só o presente.
Qual seria o papel da história e dos historiadores nesse contexto? Eric Hobsbawn, historiador inglês, escreveu em seu livro “A Era dos Extremos”:
“A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais
importantes que nunca no fim do milênio. Por esse motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores.”
Hobsbawm escreveu essas palavras no final do século passado. Ao longo desses últimos anos temos assistido a ampliação desse fenômeno lamentável. A tarefa dos historiadores não é nada fácil. Muitos têm buscado alternativas, novos modelos de análise do passado, novas fontes, novos objetos de pesquisa. No entanto, quando nós saímos do campo acadêmico e nos vemos inseridos na realidade das escolas brasileiras, o ensino de História se torna um verdadeiro desafio. Por esse motivo, é preciso que os professores de história (e de outras disciplinas) estejam sempre em comunicação e atualização...reciclagem...para que possamos dar conta dessa árdua tarefa de motivar o interesse pela História e pelo conhecimento nesses tempos de imediatismo em que vivemos.
Mariana C. Cordeiro
Qual seria o papel da história e dos historiadores nesse contexto? Eric Hobsbawn, historiador inglês, escreveu em seu livro “A Era dos Extremos”:
“A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais
importantes que nunca no fim do milênio. Por esse motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores.”
Hobsbawm escreveu essas palavras no final do século passado. Ao longo desses últimos anos temos assistido a ampliação desse fenômeno lamentável. A tarefa dos historiadores não é nada fácil. Muitos têm buscado alternativas, novos modelos de análise do passado, novas fontes, novos objetos de pesquisa. No entanto, quando nós saímos do campo acadêmico e nos vemos inseridos na realidade das escolas brasileiras, o ensino de História se torna um verdadeiro desafio. Por esse motivo, é preciso que os professores de história (e de outras disciplinas) estejam sempre em comunicação e atualização...reciclagem...para que possamos dar conta dessa árdua tarefa de motivar o interesse pela História e pelo conhecimento nesses tempos de imediatismo em que vivemos.
Mariana C. Cordeiro